Por Nirlando Beirão da Carta Capital, escreve um conto num momento onde  a dilapidação de patrimônios como o pré-sal e a Petrobrás e o estimulo ao rentismo são núcleo da política econômica do governo  interino (temporário) plano de negócios perfeito para afundar o país.
O Brasilino começa o seu dia  feliz. "Como todo bom burguês", acorda tranquilo, "porque o operário, este, levanta-se ainda dormindo a fim de chegar  a tempo ao serviço". Aperta o botão da campainha à  cabeceira da cama, a campainha soa na copa - ele estará consumindo energia,  energia que é da Light." E, assim, o Brasilino inicia o seu dia pagando dividendos e royalties ao capital estrangeiro. "Seu dia será ilustrado por uma sucessão de siglas "onde vê descontinar-se  o panorama grandioso do progresso industrial que ele julga ser do Brasil": "Volkswagen do Brasil", "Mercedes-Benz do Brasil", "General Motors do Brasil", "General Electric do Brasil",  "Firestone do Brasil" - e por aí vai. Todas "do Brasil", todas  estrangeiras. Brasilino paga exulta. Nunca se pergunta nada. Brasilino paga alegremente - ao capital estrangeiro - o preço de ser um idiota.
Brasilinos, enfatiotados com o verde-amarelo da virtuosa CBF e dos golpistas cleptomaníacos, infestavam, com seu júbilo apatetado, as manifestações pró-impeachment, mas  nem sequer originais eles são e, sim, cópia - simulacro atrasado do Brasilino criado pela pena aguda de Paulo Guilherme Martins, jornalista e advogado de Santos (1915-1981), marido da deputada Ivete Vargas. Em outubro de 1961, Um Dia na Vida do Brasilino derramou um sarcasmo devastador contra os pobres de espírito que não percebiam a desnacionalização das riquezas brasileiras. Edições  sucederam-se. Brasilino parecia relíquia do passado. O Brasil do usurpador, em  processo acelerado de liquidação, está chamando-o de volta.
O Brasilino de 1961, enquanto tomava sua Coca-Cola, alimentava-se à mesa da Refinações de Milho Brazil (com z), da Anderson Clayton, da Armour do Brasil, da Frigorífico Wilson. Tinha orgulho da Light e já se  queixava da Petrobrás. Um dia, ele estaciona seu carro Simca no Centro de São Paulo, à Rua Líbero Badaró. Recorda que Líbaro Badaró, ao ser assassinado, exclamou: "Morre um liberal, mas  não morre a liberdade". E Brailino conclui: "Que sujeito burro! Que interessa a liberdade para um homem que já morreu?"
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ATIVIDADE DE HISTÓRIA 8º ANO TEATRO
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Crédito
Sou formado em História e em Geografia, com a conclusão do curso de Geografia em 2018. Minha trajetória docente começou em 2002, quando fui chamado pela Secretaria de Educação para atuar como contratado na rede estadual, lecionando em cursos pré-vestibulares. Em 2005, fui aprovado em concurso público, mas, apesar disso, permaneci com contrato. Desde então, atuei em diversas disciplinas, mas atualmente minha atuação está focada em Geografia, no Ensino Fundamental.
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